As janelas e o skyline tornam-se obras de arte na CASACOR MG 2017
A paisagem que invade os espaços, através das janelas do casarão, complementam o décor e convidam o visitante à admiração
Por Alex Alcantara
Atualizado em 6 set 2017, 14h50 - Publicado em 5 set 2017, 15h48
1/9 Plataforma 8 Café - CLS Arquitetura. O sofá com estampa pied-de-poule é o centro das atenções. Tudo acontece ao redor dele, onde foram distribuídas mesas e cadeiras com encosto em palhinha. Kivia e Graziela Costa, Zuleica Lombardi e Erika Stekelberg finalizam com a bela luminária Rede, de Ingo Maurer. (Jomar Bragança/CASACOR)
2/9 Clínica - Viviane Lima Arquitetura. Os cobogós são o principal elemento visual, que delimita as áreas de atendimento e de terapia capilar. A mesa de trabalho em porcelanato confere sofisticação, tanto quanto os detalhes em dourado, que confirmam a atualidade do projeto. (Jomar Bragança/CASACOR)
3/9 Sala de Imprensa - Pedro Lázaro. Azul carbono e verde piscina dividem as atenções nas paredes, assim como o laranja - inclusive, o rolô disfarça a janela menor e equilibra visualmente o espaço. Além das cores vibrantes, os móveis do estúdio Nendo garantem o bom humor. Para equilibrar, teto e esquadrias vêm em off-while. (Jomar Bragança/CASACOR)
4/9 Livraria/Varanda - Ferreira Arquitetura. Camila Ferreira assina o projeto, com paredes e forro de madeira original cobertos com o tom folha seca. Próximo a área da janela, as mesas são compostas de tamanhos diferentes e abrigam livros, que convidam o visitante a le-los em contemplação à paisagem. (Jomar Bragança/CASACOR)
5/9 Suíte Essencial - CR Studio. A cama de Patrícia Urquiola e o lustre de 1,3 m de diâmetro com esferas iluminadas atraem o olhar de quem entra no ambiente. Eles ganham destaque diante das paredes neutras em tons fechados. Para completar, Carolina e Roberta Robson incluíram a lareira em quartzito, que pode ser aproveitada junto com o par de poltronas de design italiano. (Jomar Bragança/CASACOR)
6/9 Sala de Vinhos - Camile Guedes. Neste ambiente toda a escolha dos materiais e sua composição estão em total conexão. A sala recebe duas mesas Saarinen com poltronas estofadas em pied-de-poule, que também está em uma das paredes. O balcão em Dekton e a estante com desenho italiano finalizam o décor do espaço. (Jomar Bragança/CASACOR)
7/9 Sala Central - Dodora Gontijo. A verticalidade do espaço foi utilizada a favor do projeto, que trabalha com proporções bem elaboradas. Móveis baixinhos ampliam o espaço, como a mesa de centro de Cláudia Moreira Salles. A pintura parcial das paredes, com textura metalizada, também ressalta o pé direito alto. Nelas, inclusive, telas convivem com a luxuosa tapeçaria Aubusson. (Jomar Bragança/CASACOR)
8/9 Na Mesa da Agnes - Farkasvolgyi Arquitetura. O teto coberto de tear atrai os olhares. A composição criada por Bernardo Farkasvolgyi leva mais de 800 fios que, em linha reta, somariam mais de 10km. O lounge, com conjunto de sofás, serve de bar de apoio e representa bem a flexibilidade do mobiliário. A hegemonia é dos tons cálidos e da madeira, que marca presença no piso. (Jomar Bragança/CASACOR)
9/9 Guaja Sapucaí - Guaja + Alpendre. Lugar da programação cultural, o espaço também é aberto a experiências colaborativas. Ao invés de um projeto de arquitetura, Lucas Durães, Sarah Kubistchek, Pedro Haruf, Gabriel Nardelli e Marcos Franchini imaginaram um processo não determinista, que dilui a autoria da concepção com mais de 100 profissionais e estudantes de arquitetura e design. Um elemento marcante são as orquídeas aéreas da espécie Vandas, simbolizando ideias que florescem. (Jomar Bragança/CASACOR)
A CASACOR Minas, em 2017, chega e habita um emblemático casarão na capital do Estado, com o intuito de restaurá-lo e trazer vida para a região ferroviária da Rua Sapucaí. A construção estava fechada há mais de 10 anos e é pertencente ao Conjunto Arquitetônico da Praça da Estação, a matriz da extinta Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA. O prédio, que está intimamente ligado à história de Belo Horizonte, é tombado e vem sendo restaurado pelo IPHAN para abrigar o futuro Museu Ferroviário.
Muito foi-se mantido pelos profissionais na composição e criação de seus espaços. O pé direito alto, o assoalho de parquet, vigas e paredes expostas, entre outros elementos, foram ressignificados e somados a decoração e arquitetura dos ambientes, que também serviram de inspiração para os arquitetos e designers de interiores. Um outro recurso natural do casarão, que foi explorado de forma impecável e trouxe um charme mineiro e regional aos ambientes foi a integração das janelas originais e o skyline que a cidade oferece.
A paisagem externa adentra as janelas nos espaços onde os profissionais usaram e abusaram desse elemento, resultando em um espaço com tranquilidade que faz um convite ao visitante para apreciar, não somente a decoração, mas também a beleza que os arredores oferecem. Confira na galeria acima os ambientes que transformaram a vista da Rua Sapucaí em uma verdadeira obra de arte!