Continua após publicidade

Riken Yamamoto é o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura 2024

Ao redor do mundo, as obras do arquiteto japonês visam promover a comunidade, além de serem “pano de fundo e primeiro plano para a vida cotidiana”

Por Redação
Atualizado em 6 mar 2024, 23h52 - Publicado em 5 mar 2024, 16h12
Riken Yamamoto é o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura 2024
Riken Yamamoto é o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura 2024 (Reprodução/CASACOR)
Continua após publicidade

O arquiteto japonês Riken Yamamoto foi nomeado o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura 2024 – principal prêmio de arquitetura do mundo- por seus edifícios que visam promover a comunidade e são “pano de fundo e primeiro plano para a vida cotidiana”. Yamamoto, que é o 53º vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura e o nono do Japão.

O Museu de Arte de Yokosuka é coberto com uma plataforma de observação
O Museu de Arte de Yokosuka é coberto com uma plataforma de observação (Tomio Ohashi/CASACOR)

O júri, liderado pelo arquiteto chileno e vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura de 2016, Alejandro Aravena, acreditava que muitos dos ideais da obra de Yamamoto, incluindo a indefinição de espaços públicos e privados, poderiam ser aplicados às cidades futuras.

“Uma das coisas que mais precisamos no futuro das cidades é criar condições através da arquitetura que multipliquem as oportunidades para as pessoas se reunirem e interagirem”, explicou Aravena.

Continua após a publicidade
Prefeitura de Fussa. Tóquio, Japão. 2008
Prefeitura de Fussa. Tóquio, Japão. 2008 (Sergio Pirrone/CASACOR)

Ao longo de sua carreira de cinco décadas, a arquitetura de Riken Yamamoto tem um enfoque: seu inegável interesse em construir comunidades. Suas obras projetadas em diversos países, como Japão, China, Coreia do Sul e Suíça, variam desde residências privadas a complexos habitacionais públicos em grande escala, passando também por instituições educacionais e espaços cívicos. 

Todas essas obras, claro, refletindo a intenção de borrar as fronteiras entre as esferas pública e privada, ao mesmo tempo em que abrem espaços de conexão que promovem interação social e oportunidades para os moradores do edifício e para a comunidade local. 

Continua após a publicidade
Casa GAZEBO. Yokohama, Japão. 1986
Casa GAZEBO. Yokohama, Japão. 1986 (Riken Yamamoto/CASACOR)

Nascido em Pequim, na China, Yamamoto estudou arquitetura na Universidade Nihon, na Universidade de Artes de Tóquio e na Universidade de Tóquio antes de estabelecer seu escritório – Yamamoto & Field Shop Co – em 1973.

Suas primeiras casas incluíram a Yamakawa Villa, em 1977, que foi organizada em torno de um grande terraço coberto, e sua própria casa Gazebo, em 1986, que incorpora terraços ao ar livre e espaços de pátio.

Continua após a publicidade

Os grandes projetos habitacionais que se seguiram foram concebidos com base em princípios semelhantes, com o objetivo de incentivar a interação entre os moradores.

Conjunto Habitacional Hotakubo. Kumamoto, Japão. 1991
Conjunto Habitacional Hotakubo- Kumamoto, Japão. 1991 (Tomio Ohashi/CASACOR)

Seus projetos habitacionais mais conhecidos incluem o empreendimento Pangyo Housing em Seongnam, Coreia do Sul, e o Hotakubo Housing em Kumamoto, Japão, que contém 110 casas dispostas em torno de uma praça central arborizada.

Continua após a publicidade

Yamamoto é o nono arquiteto japonês a ganhar o prêmio, depois de Arata Isozaki, Shigeru Ban, Toyo Ito, Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, Tadao Ando, Fumihiko Maki e Kenzo Tange. Os arquitetos japoneses ganharam o prêmio mais vezes do que qualquer outra nacionalidade em seus 45 anos de história.

Universidade Nagoya Zokei. Nagoya, Japão. 2022
Universidade Nagoya Zokei. Nagoya, Japão. 2022 (Shinkenchiku Sha/CASACOR)

O prêmio de 2023 foi atribuído ao arquiteto britânico David Chipperfield, enquanto o arquiteto burquinabê Diébédo Francis Kéré foi nomeado o vencedor em 2022.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

 

 

 

Publicidade